A Cetamina, no contexto da psiquiatria, age de maneiras complexas e multifacetadas, com vários estudos destacando diferentes aspectos do seu mecanismo de ação: Antagonismo do Receptor NMDA : A principal via de ação conhecida da cetamina é como um antagonista dos receptores NMDA (N-metil-D-aspartato), que são um tipo de receptor de glutamato no cérebro. Este antagonismo modula a neurotransmissão glutamatérgica, contribuindo para seus efeitos antidepressivos (Stenovec et al., 2019) . Efeitos sobre a Atividade Neuronal no Lateral Habenula : A cetamina parece silenciar a atividade de disparo em rajada NMDAR-dependente no lateral habenula, uma área do cérebro associada ao processamento da recompensa e emoção. Este efeito pode ser crucial para os rápidos efeitos antidepressivos da cetamina (Cui, Hu & Hu, 2019) . Alterações Neuroplásticas Induzidas pela Cetamina : A cetamina tem sido associada a um aumento na neuroplasticidade, particularmente no córtex pré-frontal medial e no hipocampo. Isso pode contar a atrofia dendrítica e a perda de sinapses associadas ao estresse crônico e à depressão (Wu, Savalia & Kwan, 2021) . Efeitos sobre o Sistema de Glutamato e Outros Sistemas Neuroquímicos : A cetamina atua como um modulador do sistema de glutamato e pode interagir com outros sistemas neuroquímicos, afetando a transmissão de sinal em várias áreas do cérebro (Ionescu et al., 2018) . Portanto, o mecanismo de ação da cetamina na psiquiatria é complexo e envolve várias vias neuroquímicas e estruturas cerebrais, contribuindo para seus efeitos terapêuticos em condições como a depressão resistente ao tratamento e outros transtornos do humor.

A cetamina, também chamada de ketamina ou cetamina, no contexto da psiquiatria, a cetamina é reconhecida principalmente pelo seu potencial como um antidepressivo rápido e eficaz, particularmente para casos de depressão resistente ao tratamento. Esse medicamento, tradicionalmente usado como anestésico, tem demonstrado efeitos antidepressivos rápidos em pacientes com depressão grave e refratária aos tratamentos convencionais. Os efeitos benéficos da cetamina são observados algumas horas após a administração e podem durar cerca de uma semana. Além disso, estudos básicos e de biomarcadores começaram a elucidar o mecanismo subjacente aos efeitos antidepressivos rápidos da cetamina, oferecendo uma nova janela para a biologia da depressão e identificando uma infinidade de possíveis alvos de tratamento. A Cetamina é um medicamento com múltiplas funções, incluindo uso como anestésico geral, antidepressivo e antipsicótico. É um medicamento seguro e eficaz, regulamentado por órgãos como a FDA e a Anvisa. Também está presente na Lista de Medicamentos Essenciais da OMS. Ela foi descoberta no ano de 1962, mas foi somente nos últimos 20 anos que se descobriu que ela também pode ser utilizada, em doses baixas, no tratamento da depressão resistente unipolar e bipolar. O uso da Cetamina para tratar a depressão e a prevenção de suicídio é uma nova e promissora abordagem terapêutica. Dezenas de estudos demonstraram sua eficácia, com resultados superiores aos de outros tratamentos convencionais. Embora o mecanismo exato ainda não seja totalmente compreendido, acredita-se que a cetamina exerça seus efeitos por meio do antagonismo dos receptores NMDA (N-metil-D-aspartato), com potencial impacto na plasticidade sináptica e na formação de novas sinapses, o que pode ser fundamental para seus efeitos antidepressivos (Zorumski & Conway, 2017) .